3 de mai. de 2012

Phillip Long "Caiçara"

Não sou divulgador profissional e muito menos amador.

Sou um amante da música e me qualifico como um cego no meio, prq sou até tosco, mas não tenho dúvidas de quando escuto algo que realmente é bom.

Pode o mundo ir contra e não é teimosia!!!!

Convivi com muitos músicos de primeira linha, conheci muita coisa através do olhar deles, mas desde lobinho séculos atrás ligava um rádio à válvula e ouvia o que conseguia, não ligando se era noticia ou música, queria sentir aquilo e dizia pra mim que ainda faria aquilo e fui muito além porque até trabalhei com meus ídolos que mesmo envelhecidos, não eram tão mais velhos por serem jovens à época dos meus sonhos.

Convivi e trabalhei com Antonio Carvalho,Antonio Celso, Toni José,Fiori Gigliotti, Silvio Luiz, J.Paulo de Andrade, Salomão Esper e uma infinidade deles; vi nascer na rádio bandeirantes esse monstro de repórter chamado Pedro Bassan, um menino ainda, mas um Gênio.
Enfim, pra falar de alguém tenho de falar de mim sim, prq as histórias se confundem qdo tirava minhas primeiras notas com Manito, ou fazia backing vocal em festivais como de Saquarema debaixo de uma puta chuva onde dona Rita nem quis entrar por medo de choque.

Trabalhei em bastidores, montei bandas e participei de outras, mudei de profissão e depois de décadas entro no rádio, pronto, poderia morrer feliz; mas o destino ainda tinha muito pra me mostrar e aqui estou onde nem esperava tanto retorno e que fosse tão acessado, prq pra mim mais de 10 seria bagunça e como um pequeno blog, chegar aos quase 1.300.000 page views e 5 mil visitas dia era pra qqr um estar fechado; e a cada dia que abro e me vejo por aqui sinto um misto de prazer e dor.

Então pra abrandar a dor e dividir a alegria, procuro o meu melhor e assim posto o segundo trabalho desse menino de Araras, que repito, só não estoura lá fora se não quiserem prq deixa no chinelo muita coisa lançada diariamente com nome de música e furor de sucesso; não ele é doce em cada nota e em cada som e dá vontade de ouvir de novo.

Repito: Até qdo estarei aqui?
Não sei, um dia acordei com vontade de meter o dedo no delete de tanta encheção pessoal e profissional e precisava de paz, mas o carinho que tenho pelo SM me impediu, não ganho nada com isso só faço o que gosto, com links ou não, criticado ou não, aqui estou de novo, e aproveitem, prq nunca se sabe qdo um fdp desses aí vai te delatar o dia todo até fecharem seu blog.

Baixem o disco e me desmintam se puderem.

Parabéns Phillip, pelo presente que dá a este lobo de ouvir uma música com tal qualidade e amor.

Escrevo este texto como de costume ouvindo outra coisa "Nursery Cryme" do Genesis, talvez por me dar o clima que preciso nesse momento.

Escrever sobre Phillip Long e seu segundo disco me balançou. Eu digo até que esta postagem foi um presente do Web Mota para mim. O Phill tem uma ligação muito forte com a musicoteca e posso afirmar que, chega a ser até uma ligação espiritual. Do momento que ele nos comunicou o segundo disco até pari-lo (não existe outro termo para tal), eu queria estar presente em tudo, saber de tudo. Até as dores do parto. E a distância física não foi barreira, já que moro nos EUA. Falávamos todos os dias. Das minhas intermináveis xícaras de café, dos meus controlados para curar minha loucura humana e da minha insônia, eu quero que vocês sintam toda a energia que nós, da musicoteca, estamos colocando no Phill e em seu segundo disco.


Eu perguntei para o Phill tantas coisas, suas inspirações, sobre sua vida… O mais interessante é o seu amadurecimento, que é visível, no tocante à sua profissionalização como músico e como pessoa. Phillip tem um estilo musical muito peculiar, o folk, que eu tenho escutado muito, até porque moro no Texas. Sua voz e seu sotaque contribuem para a perfeição. Há diferenças peculiares do primeiro para o segundo disco. Em “Man on a Tightrope” o criador vivia um momento de mudanças: A família voltava de Porto Seguro para Araras, um relacionamento acabara e o artista sentia falta dos amigos que se distanciava. A melancolia tomava conta de suas músicas. Todo este pano de fundo cabia perfeitamente dentro de folk. Mas, muito mais coisas estavam por vir…


“Caiçara” é o nome do seu novo trabalho. Do novo álbum que nos intriga a cada canção. Ouvi, como que num mantra, todas elas, vagarosamente. Por dias. Por noites. Aquilo tudo entrou dentro de mim… Caiçara fala do modo como Phil vê a vida hoje. Sim, este artista que é considerado uma das grandes revelações da nova safra musical brasileira. Mesmo cantando em inglês. Phillip exorcizou todas as suas bruxas neste álbum, não mediu palavras duras, agora ele não tem medo e nem dedos para dizer o que sente. Este é um disco mais elétrico. “Ele é muito diferente em todos os sentidos, eu exorcizei os demônios dos amores fracassados. E eu escrevo sobre as minhas impressões da vida. Eu abordei temas mais pesados para mim, por isso dei essa roupagem mais folk-rock”. Palavras do astro… Mas, nem tudo é tão duro assim. “The Girl Who Lives In India” fala de um amor platônico, de um flerte. “A moça da India é algo idílico, nunca aconteceria de verdade! Quando o assunto é amor eu sempre acabo escrevendo”. Ai, Phill!!! Não fale assim comigo (risos).


E eu lhe disse: “Mas, a vida nos prega tantas peças… Você não acha?” E ele, como numa sessão terapêutica, dá um tapa em mim: “Mas é bacana esse lance todo, você segue evoluindo! Se aprende mais em tempestades do que em calmarias…”


Phill mantém uma parceria quase que mística com Eduardo Kusdra, produtor dos seus dois álbuns. “Somos quase como Simon & Garfunkel, segundo meu pai.” Aliás, está aí outra coisa que me encanta neste artista. Sua forte ligação com a família. Seu pai João Wolf, assina a capa de Caiçara e sua irmã, Lô Ferreira, nos presenteia na última faixa do disco, onde recita um poema intitulado ”E Nunca Foi Nosso”, com trilha do Eduardo. É impressionante como tudo se mistura e casa entre eles. Fiz a última pergunta. Aquela que não queria calar: “O que você anda escutando em português?” Phillip Long mais uma vez me encanta: “Rafael Elfe (um cara ainda pouco conhecido, mas que logo vocês vão ouvir, falar e muito), Pélico, Bárbara Eugênia, The Outside Dog (do Pedro Gama, som que descobri através da Musicoteca ♥), Karina Buhr, Igor de Carvalho (um compositor que eu admiro muito, também conheci através da Musicoteca) e a Babi Mendes (além de talentosa pra caramba, é uma fofa).” Ou seja, tudo o que nós, por aqui, estamos escutando também. “Um sujeito que sempre ouvi, cresci ouvindo e admiro até hoje é o Belchior. Esse cara é o Dylan brasileiro para mim, a obra dele me influenciou e influencia profundamente, sou fã desvairado do trabalho dele”. Nós também, querido.


Eu termino, como já havia registrado, muito emocionada. Eu me envolvi sentimentalmente na criação deste ábum, além da versão de Sentimental, que Phillip Long nos presenteou para a Coletânea Re-Trato, onde a musicoteca homenageia os 15 anos dos Los Hermanos. Deixo, então, as palavras do Web Mota, fundador deste site e que escreveu sobre o primeiro álbum do Phill há quase 1 ano atrás: “Grave este nome, Phillip Long. De Araras.”

Silvia Yama

Brasileira vivendo nos Estados Unidos, amante da boa música, das artes e da moda. Adora pesquisar as influências que as manifestações artisticas causam no comportamento das pessoas e como tudo se transforma em tendência cultural.
Tracklist:

1. Lion Heard
2. Nobody’s Happy
3. How Deep Does It Go
4. Sometimes You Win, Somentime You Lose
5. Green House
6. When The Thunder Hits The Ground
7. Caiçara
8. Love’s Gonna Kill Us
9. The Girl Who Lives In India
10. Whe You Come Back Home
11. E Nunca Foi Nosso (Um breve texto para Erison Beinotti por Lô Ferreira)

Fonte: A Musicoteca

Enjoy!!!!!!!!!!!!!!!!!!

8 comentários:

  1. Já é um dos meus discos favoritos. o_O

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  2. Meu caro...
    Vc, como sempre, tem um ouvido DUKCT.
    Que garoto bom de ouvir.

    Bom final de semana pra vc e pros seus!

    "Há braços"

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  3. Anônimo2:10 PM

    Uma das coisas mais lindas que alguém já disse sobre o meu trabalho.

    Foi uma enorme ter te conhecido ontem, meu velho.

    Obrigado, muito obrigado mesmo pelo carinho que tem com o trabalho. Esse é o verdadeiro ouro.

    Um beijo enorme em sua alma...Phillip Long

    Ps: Muito obrigado, Lucy *-*

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  4. Caiçara? hum...ja tomei muita gelada
    no bar,rêrêrê...e o primeiro café expresso tambem.Cara,se é de Araras é bom,me fez lembrar do Cezão Loco(que figura)destruidor de guitarras kkkkk.
    Aí véio,baixando na certeza e desde já parabens ao garoto.

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  5. Anônimo10:17 AM

    grande Lobo,

    o som do guri é de gente grande...caraca heim....muito som...

    ai junta o som com a paixão clara de teus escritos....
    não tem como não baixar, não tem como não ouvir, não tem como não ler, não tem como não visitar...

    abraço mermaum......como sempre ótimos posts ótimos sons...e ao guri...caraca...é isso ae...continue....sempre..

    Drachen

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  6. Anônimo8:46 PM

    onde encontra para adquirir?

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  7. Na musicoteca vc encontra todas as informações e o link tá no post ok?
    Enjoy!!!!!

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  8. Lobo, tudo certinho?
    Acabo de lançar meu 3º disco e gostaria muito de saber suas impressões sobre ele. O disco se chama "Dancing With Fire (A Folk Opera) e é todo baseado em violões, uma mergulho em direção as raízes.

    http://www.amusicoteca.com.br/?p=6560

    Espero que goste...Phillip

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